quarta-feira, 18 de abril de 2007

Maio

Quando as festas de família chamavam a memorar
mais vida na contabilidade das existencias ali comuns,
entendimos o calor no qual submetiamos nossas almas,
entendiamos a chegada do frio
com a pele de quem deleita-se das sensações da natureza
com o respeito necessário para se ser humano.
Nas tardes nubladas projetavamos na amplitude do céu
nosso olhar perdido de branco à meditação,
como a ultima folha que restara do outono no solo.
Saudade de sentir-me ocioso,
buscando no papel conforto pro excesso de pensares,
saudade de ser criança sem birra no esplendor dos cuidados da vó,
no esbravejar das mães pedindo silêncio e menos correria.
Tudo deve ser mais calmo nessa época,
como tudo que muda pra melhor.
Afinal o horizonte conduz a energia de quem vem
e da o ânimo preciso para quem ja está.

2 comentários:

Lucas Diniz disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Lucas Diniz disse...

Qualquer semelhança com nossa família não é mera coincidência...

Muito legal