sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Uma desculpa pra acabar o mundo

Pralguns o pseudo fim do mundo teve um ar de liberdade,
uma desculpa pra se dar o direito de mudar de vida.

O zé motorista de ônibus por exemplo não foi trabalhar, pois depois de ouvir "O dia em que a terra parou" de Raul Seixas, imaginou que ninguém iria trabalhar também e assim sendo pensou: -Pô se o mundo vai acabar eu quero pelo menos estar com minha família!

O Claudio que tinha por ofício lixeiro, simplesmente abandonou o caminhão na rua no meio do trabalho e foi pra casa da mãe lhe dizer o quanto a amava.

Até a Alice que trabalhava no Paraíso, mas num trabalho que não tinha nada de mundo das maravilhas, decidiu que não atenderia nenhum cliente, afinal não queria correr o risco de passar o fim do mundo com um velho imundo lhe babando inteira, ficou em casa e assistiu o filme que mais gostava, não procurou sua família, pois já não tinha mais ninguém...

O porteiro seu Augusto, chamou seu patrão o sindico do prédio até a portaria e lhe deu um soco no meio da cara e depois de lhe cuspir a face disse: -Fica com seu prédio de bosta seu escroto, eu vou ser feliz! E antes que eu me esqueça negrinho imprestável é o caralho seu filho da puta!

Genival contou pra família inteira no jantar que era Gay e saiu pra dançar...

Maria a beata, saiu pelada pela rua e tomou banho no chafariz da praça com mais meia dúzia de muleques de rua que também gostaram da idéia.

Pra essas pessoas de fato o mundo acabou, pois depois dali novas pessoas se tornaram e a realidade nunca mais foi a mesma.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

No giro da ciranda

Lá estava ela...
No meio da ciranda, girando
e na goma de sua saia o mundo inteiro girava
as histórias dos amores passados, os verões, os medos...
Lá estava ele, nela, dona bela das saias rodadas
Entre as canções e os contos de fadas
Lá estavam eles, e o mundo já podia girar!