quarta-feira, 4 de agosto de 2010
Com tato
sábado, 24 de julho de 2010
Lamento passado

quarta-feira, 14 de julho de 2010
Rosa de Chumbo
Essa rosa de chumbo…
assim, singela e perigosa, essa rosa sou eu.
Essa beleza forte, sem rumo sem norte
É tudo que me compõe
Frágeis petálas duras e suas memorias escuras
Remetem sonhos e loucuras de outros tempos
Rosa viva, embebida no orvalho
das lágrimas derramadas por um coração maior que o peito.
Flor que enfeita os feitos do passado e do presente
Adorno de Guerra semente da estória
Primavera da mente, componente da terra.
Rosa do agora na aurora do mundo
Botão nascido do chumbo, no limbo e na lua
Avermelhando as ruas no rubro do amor
Deflorando consciências pelos becos da cidade
Sugando seivas de solos ricos em verdade
Clamando os sentimentos fertilizantes
Que alimentam as almas dos amantes
Essa rosa sou eu!
terça-feira, 29 de junho de 2010
Dilema
sexta-feira, 25 de junho de 2010
Miserável
Hoje dei o ar de minha desgraça,
Pra que a sua graça pudesse ser mais viva…
Frente à frente minha miséria e sua fraternidade,
minha maldição e sua vaidade.
Me desculpe se não sou o que você previa.
Eu só quero não ser esse poço de bondade
onde mora a cobra esguia.
Vivo assim,
contrastando minha palidez ao seu vermelho.
Sou seu espelho inverso,
derramando versos no transbordar da agônia.
Existo pra que seu ego, possa se inflar.
Na derradeira hora em que me salvas à beira do abismo
Sou esse sofista errôneo injetando dúvida
no seus hormônios marxistas.
Sou a brasa acesa do cigarro queimando o tempo
num cata-vento de fumaça.
Fique tranquilo, amigo…
quarta-feira, 2 de junho de 2010
Enigma-Palavra
em grandes parágrafos de luta
e o resultado é um estribilho
marcado pela dor e pela alegria
Frases de melodia atonal
são elementos do jogral que invento
contra a gramática européia
A identidade do poema
traz na derme o dilema cultural
a filosófica onomatopéia
Pois nem sei quem mais sou
na equação viciada:
Negro-índio-Carapálida
A retórica intrínseca vem como ingua
e denuncia no grito
a malandragem da língua
No meu dialeto a verdade como interrogação:
-Tudo que é desvendado não exclui
a possibilidade da ilusão!
Mais de novo do mesmo velho
quantos de nós como tantos,
outros dos mesmos somos,
mas não somamos,
pois limitamos nossos campos,
perspectivas...
quem vende a venda que compramos pra tapar os olhos?
Quem foge a mira?
Por que fingimos não ver?
No senso comum o sonho é de graça,
mas quase sempre é tão caro, é tão raro!
O real é mais fácil
ainda que nada confortável
o desprazer é constante
mesmo que insuportável...não?