Dança em mim, em MI...
Dança ciranda inconsciênte
e eu assisto à tudo sem agir.
Penso enquanto você dança, essa velha dança
dança que eu conheço bem e sei
você não sabe dançar,
mas ainda assim dança
pra me perturbar, pra me enlouquecer!!!!!!
Eu sei dançar, mas prefiro a idéia.
Você dançando em mim, abelha na colméia,
A melodia não importa,
mesmo nas mais conhecidas você sai fora do tempo
sua dança não precisa de relógio
seu compasso é desforme, sem nome, sem reza
você dança por dançar
como quem faz arte pela arte
e eu luto pra entender por que não paro de observar sua dança
você não se cansa eu não me canso
e segue a dança e segue a hipnose.
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
O tempo que passou
O tempo que passou me deixou sem tempo
e correr atrás de mim mesmo passou à ser meu tormento
meu passa-tempo predileto "o retransfigurar-se",
"o recontextualizar-se", "o me ser de novo".
Nessa busca separo-me:
-Um pra cada lado!! Vai, vai!!
Trago-me à força muitas vezes,
reabro cicatrizes,
sigo numa pilhagem
que ao mesmo tempo suja e purifica.
Um cata-vento ao avesso, trazendo de volta tudo que perdi
tudo que o tempo me roubou...
Quero de volta mesmo que não mereça, mesmo que não precise,
quero acumular-me em mim, pra me refazer, me reconhecer.
Envelhecendo no processo de compreender-me à fundo
vou a todo segundo redescobrindo-me e desaparecendo
pra depois de tudo abraçar a morte e viver-me
deixando que meu crepúsculo encante a aurora do dia seguinte.
e correr atrás de mim mesmo passou à ser meu tormento
meu passa-tempo predileto "o retransfigurar-se",
"o recontextualizar-se", "o me ser de novo".
Nessa busca separo-me:
-Um pra cada lado!! Vai, vai!!
Trago-me à força muitas vezes,
reabro cicatrizes,
sigo numa pilhagem
que ao mesmo tempo suja e purifica.
Um cata-vento ao avesso, trazendo de volta tudo que perdi
tudo que o tempo me roubou...
Quero de volta mesmo que não mereça, mesmo que não precise,
quero acumular-me em mim, pra me refazer, me reconhecer.
Envelhecendo no processo de compreender-me à fundo
vou a todo segundo redescobrindo-me e desaparecendo
pra depois de tudo abraçar a morte e viver-me
deixando que meu crepúsculo encante a aurora do dia seguinte.
segunda-feira, 6 de outubro de 2008
Emergências e Mergulhos
Meu corpo pede socorro:
-É realidade demais!!!!
Preciso então de um mergulho,
saliva na boca dos sonhos emergência de viver
em outro plano, outra estância...
Na errância dos caminhos, um gole de vinho,
um momento na fresta do existir, entrega!!
Palavras distorcidas, brisas sopradas pelo lábio ancestral
um ritual de despejo,
deixar a alma sentir o prazer do pensar,
deixar o pensar sublimar ao toque da alma,
deixar a calma se misturar com a euforia,
pedir auforria pra razão
para que assim então os significados possam tornar-se maiores.
Lavando de um todo as veias fechadas
com a enchurrada do sangue que dilata sem pedir licença
a arte combustiva emana dos poros
em melodias, letras, filosofias, imagens e confusões
seiva maldita, suor que constroi um mar
onde eu sempre contra a corrente emerjo
e renovado volto à sobrevivência.
-É realidade demais!!!!
Preciso então de um mergulho,
saliva na boca dos sonhos emergência de viver
em outro plano, outra estância...
Na errância dos caminhos, um gole de vinho,
um momento na fresta do existir, entrega!!
Palavras distorcidas, brisas sopradas pelo lábio ancestral
um ritual de despejo,
deixar a alma sentir o prazer do pensar,
deixar o pensar sublimar ao toque da alma,
deixar a calma se misturar com a euforia,
pedir auforria pra razão
para que assim então os significados possam tornar-se maiores.
Lavando de um todo as veias fechadas
com a enchurrada do sangue que dilata sem pedir licença
a arte combustiva emana dos poros
em melodias, letras, filosofias, imagens e confusões
seiva maldita, suor que constroi um mar
onde eu sempre contra a corrente emerjo
e renovado volto à sobrevivência.
segunda-feira, 29 de setembro de 2008
Negro Guerra
Negro guerra,
entre o céu e a terra,
na luta na espera de um levante popular...
Negro guerra,
entre Zumbi e os Pantera,
entre a favela e os sem terra, construindo, resistindo...
Negro Bantú,
entre o candomblé e o voodoo,
resgatando minhas raízes minha ancestralidade demonizada.
Me pergunto: -O filho "deles" qué sê preto?
Em que circunstância? Por quanto tempo?
Enquanto a moda durá? Com certeza nunca 24 horas por dia...
Mas e os nossos filhos?
Negros por consequência e brancos por consciência,
nossas meninas, lindas negras querendo ser a xuxa.
Não!! Assim num dá!
Não quero loira, nem negra burra.
Quero meu povo podendo pensá,
quero andá de cabeça erguida
e não com um carro de teto solar,
quero cachaça de alambique e não champgne pro ar...
Negro Drama? Não, isso não!
Dramática é a vida do cara pálida capitalista
que acumula riquesa a nossas custas,
mas não preenche o vazio do existir.
Dramática é a falta de humanidade
dos capitães do mato da atualidade
que escondem atrás da farda a pele tão preta quanto a minha.
Dramática Brown, é a consciência individualista,
a idéia de sucesso classista que cria mitos e não parceiros,
o estilo de vida imperialista, a postura de revista
que reafirma o padrão norte americano
o engano consumista.
Dramático é perâmbular pela casa com insônia,
enquanto mulheres de nossa quebrada
sonham em brilhar como antonias!!
entre o céu e a terra,
na luta na espera de um levante popular...
Negro guerra,
entre Zumbi e os Pantera,
entre a favela e os sem terra, construindo, resistindo...
Negro Bantú,
entre o candomblé e o voodoo,
resgatando minhas raízes minha ancestralidade demonizada.
Me pergunto: -O filho "deles" qué sê preto?
Em que circunstância? Por quanto tempo?
Enquanto a moda durá? Com certeza nunca 24 horas por dia...
Mas e os nossos filhos?
Negros por consequência e brancos por consciência,
nossas meninas, lindas negras querendo ser a xuxa.
Não!! Assim num dá!
Não quero loira, nem negra burra.
Quero meu povo podendo pensá,
quero andá de cabeça erguida
e não com um carro de teto solar,
quero cachaça de alambique e não champgne pro ar...
Negro Drama? Não, isso não!
Dramática é a vida do cara pálida capitalista
que acumula riquesa a nossas custas,
mas não preenche o vazio do existir.
Dramática é a falta de humanidade
dos capitães do mato da atualidade
que escondem atrás da farda a pele tão preta quanto a minha.
Dramática Brown, é a consciência individualista,
a idéia de sucesso classista que cria mitos e não parceiros,
o estilo de vida imperialista, a postura de revista
que reafirma o padrão norte americano
o engano consumista.
Dramático é perâmbular pela casa com insônia,
enquanto mulheres de nossa quebrada
sonham em brilhar como antonias!!
terça-feira, 23 de setembro de 2008
sEgrEDoS PúBLiCOs
Gostaria de ti ter me despedindo,
de me juntar ti separando, de me calar ti falando...
Gostaria de ti elucidar me ensandecendo,
de ti ensinar me confundindo, de me amar ti sangrando...
Gostaria de ti emancipar me acorrentando,
de me escravizar ti libertando, de ti viver me morrendo...
Gostaria de ti ensaiar me apresentando,
de me jogar ti buscando, de me parar ti acelerando...
Gostaria de me fuder ti tranquilizando,
de me querer ti fugindo, de me pulverizar ti aglomerando...
Gostaria de me poder ti enfraquecendo,
de me sentir ti tocando, de ti decifrar me despedaçando...
Gostaria de ti...
Gostaria de mim se não fosse eu!
de me juntar ti separando, de me calar ti falando...
Gostaria de ti elucidar me ensandecendo,
de ti ensinar me confundindo, de me amar ti sangrando...
Gostaria de ti emancipar me acorrentando,
de me escravizar ti libertando, de ti viver me morrendo...
Gostaria de ti ensaiar me apresentando,
de me jogar ti buscando, de me parar ti acelerando...
Gostaria de me fuder ti tranquilizando,
de me querer ti fugindo, de me pulverizar ti aglomerando...
Gostaria de me poder ti enfraquecendo,
de me sentir ti tocando, de ti decifrar me despedaçando...
Gostaria de ti...
Gostaria de mim se não fosse eu!
Um pedaço de história
Uma folha em branco contém nossa história, não há o que esquecer por que não há nada escrito, viver é o que temos,
sentir é o que temos,
com sinceridade com a liberdade
que se descreve na fruição do termo.
Balela aquela idéia que a nossa liberdade começa aonde a do outro termina,
a liberdade começa aonde a do outro começa,
e meu caminho agora é o mesmo, o mesmo caminho incerto,
o caminho inseguro e belo das possibilidades.
Mas saiba não te esquecerei, por que se a folha está em branco é pra não deixar pistas, meu coração é como árvore de praça, carrega talhado no tronco
a essência das paixões vividas...
sentir é o que temos,
com sinceridade com a liberdade
que se descreve na fruição do termo.
Balela aquela idéia que a nossa liberdade começa aonde a do outro termina,
a liberdade começa aonde a do outro começa,
e meu caminho agora é o mesmo, o mesmo caminho incerto,
o caminho inseguro e belo das possibilidades.
Mas saiba não te esquecerei, por que se a folha está em branco é pra não deixar pistas, meu coração é como árvore de praça, carrega talhado no tronco
a essência das paixões vividas...
sexta-feira, 5 de setembro de 2008
SECURA
Nos lagos congelados da Rússia a água falta,
nos solos rachados dos sertões brasileiros a água falta,
nas torneiras das metrópolis Norte Americanas a água falta,
na margem dos rios africanos a água falta.
A secura resseca os lábios do mundo, a alma do homem.
O peito respira o medo, perdido na poeira do tempo,
olhos úmidos, vida dura de da dó
me resgata a prosa impura do caicó.
O pássaro negro é a atmos-fera
que faz voltas aspirais sobre os homens,
de tocaia espera o momento de devorar o que sobrou...
Mas o que sobrou?
O que essa antinatureza de pobreza corpórea, de espectro simplória,
deixará à qualquer carniceiro do futuro? À seus filhos?
Uma letra no muro despedaçado das lamentações...
O QUE FIZEMOS DE NÓS?!!!
nos solos rachados dos sertões brasileiros a água falta,
nas torneiras das metrópolis Norte Americanas a água falta,
na margem dos rios africanos a água falta.
A secura resseca os lábios do mundo, a alma do homem.
O peito respira o medo, perdido na poeira do tempo,
olhos úmidos, vida dura de da dó
me resgata a prosa impura do caicó.
O pássaro negro é a atmos-fera
que faz voltas aspirais sobre os homens,
de tocaia espera o momento de devorar o que sobrou...
Mas o que sobrou?
O que essa antinatureza de pobreza corpórea, de espectro simplória,
deixará à qualquer carniceiro do futuro? À seus filhos?
Uma letra no muro despedaçado das lamentações...
O QUE FIZEMOS DE NÓS?!!!
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