Negro guerra,
entre o céu e a terra,
na luta na espera de um levante popular...
Negro guerra,
entre Zumbi e os Pantera,
entre a favela e os sem terra, construindo, resistindo...
Negro Bantú,
entre o candomblé e o voodoo,
resgatando minhas raízes minha ancestralidade demonizada.
Me pergunto: -O filho "deles" qué sê preto?
Em que circunstância? Por quanto tempo?
Enquanto a moda durá? Com certeza nunca 24 horas por dia...
Mas e os nossos filhos?
Negros por consequência e brancos por consciência,
nossas meninas, lindas negras querendo ser a xuxa.
Não!! Assim num dá!
Não quero loira, nem negra burra.
Quero meu povo podendo pensá,
quero andá de cabeça erguida
e não com um carro de teto solar,
quero cachaça de alambique e não champgne pro ar...
Negro Drama? Não, isso não!
Dramática é a vida do cara pálida capitalista
que acumula riquesa a nossas custas,
mas não preenche o vazio do existir.
Dramática é a falta de humanidade
dos capitães do mato da atualidade
que escondem atrás da farda a pele tão preta quanto a minha.
Dramática Brown, é a consciência individualista,
a idéia de sucesso classista que cria mitos e não parceiros,
o estilo de vida imperialista, a postura de revista
que reafirma o padrão norte americano
o engano consumista.
Dramático é perâmbular pela casa com insônia,
enquanto mulheres de nossa quebrada
sonham em brilhar como antonias!!
segunda-feira, 29 de setembro de 2008
terça-feira, 23 de setembro de 2008
sEgrEDoS PúBLiCOs
Gostaria de ti ter me despedindo,
de me juntar ti separando, de me calar ti falando...
Gostaria de ti elucidar me ensandecendo,
de ti ensinar me confundindo, de me amar ti sangrando...
Gostaria de ti emancipar me acorrentando,
de me escravizar ti libertando, de ti viver me morrendo...
Gostaria de ti ensaiar me apresentando,
de me jogar ti buscando, de me parar ti acelerando...
Gostaria de me fuder ti tranquilizando,
de me querer ti fugindo, de me pulverizar ti aglomerando...
Gostaria de me poder ti enfraquecendo,
de me sentir ti tocando, de ti decifrar me despedaçando...
Gostaria de ti...
Gostaria de mim se não fosse eu!
de me juntar ti separando, de me calar ti falando...
Gostaria de ti elucidar me ensandecendo,
de ti ensinar me confundindo, de me amar ti sangrando...
Gostaria de ti emancipar me acorrentando,
de me escravizar ti libertando, de ti viver me morrendo...
Gostaria de ti ensaiar me apresentando,
de me jogar ti buscando, de me parar ti acelerando...
Gostaria de me fuder ti tranquilizando,
de me querer ti fugindo, de me pulverizar ti aglomerando...
Gostaria de me poder ti enfraquecendo,
de me sentir ti tocando, de ti decifrar me despedaçando...
Gostaria de ti...
Gostaria de mim se não fosse eu!
Um pedaço de história
Uma folha em branco contém nossa história, não há o que esquecer por que não há nada escrito, viver é o que temos,
sentir é o que temos,
com sinceridade com a liberdade
que se descreve na fruição do termo.
Balela aquela idéia que a nossa liberdade começa aonde a do outro termina,
a liberdade começa aonde a do outro começa,
e meu caminho agora é o mesmo, o mesmo caminho incerto,
o caminho inseguro e belo das possibilidades.
Mas saiba não te esquecerei, por que se a folha está em branco é pra não deixar pistas, meu coração é como árvore de praça, carrega talhado no tronco
a essência das paixões vividas...
sentir é o que temos,
com sinceridade com a liberdade
que se descreve na fruição do termo.
Balela aquela idéia que a nossa liberdade começa aonde a do outro termina,
a liberdade começa aonde a do outro começa,
e meu caminho agora é o mesmo, o mesmo caminho incerto,
o caminho inseguro e belo das possibilidades.
Mas saiba não te esquecerei, por que se a folha está em branco é pra não deixar pistas, meu coração é como árvore de praça, carrega talhado no tronco
a essência das paixões vividas...
sexta-feira, 5 de setembro de 2008
SECURA
Nos lagos congelados da Rússia a água falta,
nos solos rachados dos sertões brasileiros a água falta,
nas torneiras das metrópolis Norte Americanas a água falta,
na margem dos rios africanos a água falta.
A secura resseca os lábios do mundo, a alma do homem.
O peito respira o medo, perdido na poeira do tempo,
olhos úmidos, vida dura de da dó
me resgata a prosa impura do caicó.
O pássaro negro é a atmos-fera
que faz voltas aspirais sobre os homens,
de tocaia espera o momento de devorar o que sobrou...
Mas o que sobrou?
O que essa antinatureza de pobreza corpórea, de espectro simplória,
deixará à qualquer carniceiro do futuro? À seus filhos?
Uma letra no muro despedaçado das lamentações...
O QUE FIZEMOS DE NÓS?!!!
nos solos rachados dos sertões brasileiros a água falta,
nas torneiras das metrópolis Norte Americanas a água falta,
na margem dos rios africanos a água falta.
A secura resseca os lábios do mundo, a alma do homem.
O peito respira o medo, perdido na poeira do tempo,
olhos úmidos, vida dura de da dó
me resgata a prosa impura do caicó.
O pássaro negro é a atmos-fera
que faz voltas aspirais sobre os homens,
de tocaia espera o momento de devorar o que sobrou...
Mas o que sobrou?
O que essa antinatureza de pobreza corpórea, de espectro simplória,
deixará à qualquer carniceiro do futuro? À seus filhos?
Uma letra no muro despedaçado das lamentações...
O QUE FIZEMOS DE NÓS?!!!
sexta-feira, 22 de agosto de 2008
Os guerrilheiros da sé
Eu sobrevivi a noite dos malditos
de forma magistral
Descarreguei o peso do ano
lavando a alma com destilados e carburantes
me esquecendo e relembrando a cada instante
o gosto de algo novo,
mas já experimentado antes
aqueles como eu, os desgraçados!!
Aqueles que param o tempo e reinventam a felicidade
aqueles que ainda hoje arriscam um olhar sincero,
que ainda hoje abraçam sem medo
o corpo e o desespero...
Estes estão lá, como sempre
como já era previsto o imprevisível reencontro
com o passado ainda vivo.
O monstro do relógio não nos deterá!!
de forma magistral
Descarreguei o peso do ano
lavando a alma com destilados e carburantes
me esquecendo e relembrando a cada instante
o gosto de algo novo,
mas já experimentado antes
aqueles como eu, os desgraçados!!
Aqueles que param o tempo e reinventam a felicidade
aqueles que ainda hoje arriscam um olhar sincero,
que ainda hoje abraçam sem medo
o corpo e o desespero...
Estes estão lá, como sempre
como já era previsto o imprevisível reencontro
com o passado ainda vivo.
O monstro do relógio não nos deterá!!
quarta-feira, 20 de agosto de 2008
Banho Maria

Banha-te mulher, banha-te!
quero ver te embebida nas caudalosas águas abissais da liberdade.
Onde mentalidade moral nenhuma pode algemar-te.
Vai Maria sem medo, deixa que em liquefeito estado a vida flua
deixa Maria que só a lua te observe de cima,
que só teus pés testemunhem seu caminho
Banha-te Maria, no vinho da emancipação e na cachaça do cotidiano.
De-me Maria, o prazer de estar nos teus planos
por tempo determinado e na eternidade das sensações
quero te ver em fúria lutando com as armas que tem,
voando com asas próprias...
Mulher, quero-te tranquila quando solta,
quando com sua mentalidade sagás
em banho Maria envolta
siga pra onde a paz sempre existiu,
pra onde a guerra É AMOR!
quinta-feira, 7 de agosto de 2008
Virtualidade Real
Nos undergrounds mentais residem
a força e a inteligência miserável
que me constituem como ser.
Me esforço para acreditar na sapiência mendiga
que me aprova o existir.
Caminhando na noite tateando a realidade,
o perfume do asfalto, os pensares fugidios...
Os cães vadios que guardam meu instinto
instigam sensações que eu deveria
manter longe da reflexão.
Mas ouso a mistura, impura e lírica,
dos lixões da quebrada às fadas da lua.
a força e a inteligência miserável
que me constituem como ser.
Me esforço para acreditar na sapiência mendiga
que me aprova o existir.
Caminhando na noite tateando a realidade,
o perfume do asfalto, os pensares fugidios...
Os cães vadios que guardam meu instinto
instigam sensações que eu deveria
manter longe da reflexão.
Mas ouso a mistura, impura e lírica,
dos lixões da quebrada às fadas da lua.
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