terça-feira, 14 de maio de 2013

Sísmico

Me abalo, cismo quando reencontro você
Sísmico me propago em suas curvas
tremo, temo o advento das ondas

Mergulho e me espalho em meio sonoro
e nos poros incorporo um novo tema
e o poema emerge da tormenta 
para aliviar o sentimento que soca

A boca seca, e o medo se funde ao desvario
na nuca um arrepio te recorda
e acorda a terra inteira o terremoto

Desorganiza a estrutura tua presença em minha vida
e não permite fuga, de repente faz surpresa
e a presa afunda a carne crua
rendendo-se toda à sua beleza

Cínico cometo sempre a mesma proesa 
de te erguer em mim, em prosa 
pra encantar minha rudeza

Perenemente o vai e vem do mar
nos refazendo e destruindo
castelo de areia que arrebenta 
com a força sangrenta do abalo sísmico

2 comentários:

Dani Santos disse...

... pois sendo terra, há que se viver então... sem temer os tremores que nos desnorteiam...

Daniel FagundeS. disse...

Pois é, que chacoalhe a terra, seja bem vinda nessa vivenda Srta. Dani Santos.

abs

Daniel FagundeS.