Me abalo, cismo quando reencontro você
Sísmico me propago em suas curvas
tremo, temo o advento das ondas
Mergulho e me espalho em meio sonoro
e nos poros incorporo um novo tema
e o poema emerge da tormenta
para aliviar o sentimento que soca
A boca seca, e o medo se funde ao desvario
na nuca um arrepio te recorda
e acorda a terra inteira o terremoto
Desorganiza a estrutura tua presença em minha vida
e não permite fuga, de repente faz surpresa
e a presa afunda a carne crua
rendendo-se toda à sua beleza
Cínico cometo sempre a mesma proesa
de te erguer em mim, em prosa
pra encantar minha rudeza
Perenemente o vai e vem do mar
nos refazendo e destruindo
castelo de areia que arrebenta
com a força sangrenta do abalo sísmico
2 comentários:
... pois sendo terra, há que se viver então... sem temer os tremores que nos desnorteiam...
Pois é, que chacoalhe a terra, seja bem vinda nessa vivenda Srta. Dani Santos.
abs
Daniel FagundeS.
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