terça-feira, 21 de setembro de 2010

Licença poética

Foi assim... eu não queria, mas...
foi à força na covardia

algo foi se espalhando em minha essência
e eu já nem sabia, quem eu era, o que queria

Foram sendo sopradas palavras em minha mente
e eu somente decidi, não as guardaria!

Aos poucos fui domando esse novo eu 
que fui me transformando, 

fui pegando do caminho o conhecimento que entulhava 
em minha cabeça e nunca usava

Aprendi a jogar fora o peso do embornal
com elegância e sem dar lição de moral

Assumi que gosto da rima e não da pobreza
e fiz dos meus textos o escárnio da avareza

ainda que as vezes em crise de identidade
pense estar perdido...

Continuo a encontra-la nos corredores 
quando passo em direção ao sono

com sutileza cheiro os seus cabelos e digo com alegria:
-Licença poesia, licença...  

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