sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Úlcera

"Quando agente tenta de toda maneira,
dele se guardar, sentimento ilhado,
morto e amordaçado volta a incomodar"
(Raimundo Fagner)
Há muito que escondo,
há muito fujo!
Há muito estou ausente de mim.
De tanto dissimular minha dor,
de tanto camuflar o sorriso...
Virei outra pessoa,
me transformei no meu disfarce
desenvolvi uma úlcera.
Tudo por conta da minha arrogância!
Quis demonstrar força,
mas esqueci que sou humano.
Tudo pelo meu excesso de cobrança!
Até enganei alguns,
mas quem me conhece sabia,
sabiam o que eu escondia,
um amor, uma cria,
um sentimento gigantesco
varria as ruas desabitadas da alma
Agora é tarde, de tão crônica a enfermidade
o que resta é o aprendizado do convivio,
convivio com meus erros, convívio com a angústia,
convívio com a memória do que fui...
tudo isso em meio a breve esperança de me reencontrar,
afinal já não há mais fantasia pra esconder-me.

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