terça-feira, 15 de abril de 2008

Qué pagá quanto?

...e o paga sapo pagava, pagava,
pagava até bem, mas já tava faltando sapo.
Ele babava, mas já tava faltando saco...

Ele falava muito
e era um papo que não rendia,
nem pro ego, nem pra massa,
nem filosofia, nem cachaça, era fraco...

e por não poder matar dragões engolia sapos.
Era chato e não percebia,
não sabia o que era e então sorria
falsamente de algo que só ele entendia.

Nada espontâneo ele fazia frases feitas,
seguia seitas, se benzia, no terreiro e na universal
Ouvia todo tido de música e dizia ser eclético,
não tinha opinião, ora, não tinha cérebro,
fazia cara de mal e exibia o corpo atlético.

Enfim, era tudo que eu não gostava
e eu ainda lhe ofereci esse poema,
não que isso seja algum problema,
não faço elogio,
mas pode parecer que pago sapo,
quando estou pagando o pato...

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