sábado, 15 de fevereiro de 2020

Vás

Vaz, caminha...
pero no quieres que lo sigan!
O Quixote das ruas segue rumos incertos
e quase sempre se encanta com flores maltrapilhas
que só nascem nos desertos
Vaz, não realiza viagens colonizantes,
pelo contrário, segue junto dos errantes
bradando contra os opressores
O poeta ancorou-se na quebrada
de onde escreve cartas aos reinados de além mar, praguejando os invasores
Vaz, podia ir, mas não foi, preferiu ficar
pra lutar ao lado de gente ferida
carente de poesia e de sentido pra sonhar
E quando alguém perde a paz ele é quem sempre diz: Vás!
Caminhas com suas próprias pernas! Enxerga a luz aquém das trevas!
Sergio não descobriu a periferia
mas revelou o que sentia
o coração dos ancestrais.
Por isso hoje, quando ele sobe sua pipa pra enfrentar os vendavais
eu vou, tu vais,
nós todos acabamos indo atrás!

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