foi à força na covardia
algo foi se espalhando em minha essência
e eu já nem sabia, quem eu era, o que queria
Foram sendo sopradas palavras em minha mente
e eu somente decidi, não as guardaria!
Aos poucos fui domando esse novo eu
que fui me transformando,
fui pegando do caminho o conhecimento que entulhava
em minha cabeça e nunca usava
Aprendi a jogar fora o peso do embornal
com elegância e sem dar lição de moral
Assumi que gosto da rima e não da pobreza
e fiz dos meus textos o escárnio da avareza
ainda que as vezes em crise de identidade
pense estar perdido...
Continuo a encontra-la nos corredores
quando passo em direção ao sono
com sutileza cheiro os seus cabelos e digo com alegria:
-Licença poesia, licença...