terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Pena de poeta

A pena leve dos poetas
Vai escrevendo liras,
estórias de verdades que pra tantos são mentiras

ali, na egregora dos errantes
na encruzilhada dos amantes,
um lugar de nome: “Boca do lixo”
Lugar que bem podia ser um ouvido
de tantas palavras que escutou.
Eram amores, alegrias, lamentos... quantas canções inspirou

Eram dois bohemios e sua forria,
Dois ebrios na noite a encantar estrelas
No caminho da lua, na faixa estreita da rua
Dois e suas palavras mágicas

Homens meninos com a mesma inclinação
de inventar mulheres em poesia,
mesmo que só por um dia, mesmo que pra vida toda

Personagens sinceros no tablado da vida
recitando textos próprios pra plateias desconhecidas
eles, tão fortes e tão frágeis!
Ainda seguem pelo mesmo trilho torto
à espera do trem

triste lira dos amores perdidos,
Linda história que a lembrança traz com as marés
Eles seguem sorrindo ainda que o chão ceda sobre os seus pés.

2 comentários:

André disse...

Somente a poesia sabe dos amores do poeta, no mais, é vômito de vento guiando palavras ao infinito fim de noite...

Me li nessas linhas...

Abçs mano

Anônimo disse...

Talvez ninguém leia os escritos com a intencidade que que foram escritos..
Acham bonito as lágrimas e o sofrimento que sentimos...

A beleza do sofrimento ou a banalidade do mesmo