sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Sampa Mundi


Recapando a lama de pedra
o homem se esqueceu do contato com o chão.
Fez do mato a selva de ferro
e da pedra a nova construção.

Do sangue de Maria e João
do sonho de muitos imigrantes,
errante caótica e desigual
bela pra uns pra outros banal.

E assim arranha o céu
sua arquitetura viceral
estampando em nossas mentes
a necessidade capital.

Ali o minuano soprava
como um demônio em liberdade
devastando as ruas
desta cidade esquecida.

E na Sampa adormecida
escondia-se a vida
sob o sumo
da matéria consumida.

E o virótipo concreto
espalhou-se então repleto
impedindo o sol direto,
a luz banida...

Assim na escuridão do dia
uma criança surgia
em silêncio e agônia
A voz dizia:
"Adeus, eu sou a esperança dos filhos teus!!"

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