sexta-feira, 23 de novembro de 2007

O Robô




Hoje vi em meio aos carros
no meio do tráfego urbano,
sob o pano de fundo acizentado
do cimento cru e do asfalto que cobre a rua...

Uma criança...semi nua, semi morta,
imitava um robô andando sobre a linha torta
que divide uma faixa e outra do fluxo automotivo.

Sorrindo, ele pedia trocados e seguia
num estado de tão pura anarquia
que era de causar inveja aos moralistas de mercedes
que com medo do olhar seguro do garoto
e de seus gestos mecânicos subiam o vidro e aceleravam
enquanto o pequeno ciber humano se desviava
em movimentos que imitavam "matrix".

Arriscando a vida sem medo
o robô roubou a cena
e roubou também o seu direito
de permanecer inerte
perante a situação que ali se apresentava.

Porém, e ao contrario do que você esperava
ele não roubou nenhum dinheiro
fez seu show, pediu e voltou a ser criança.

2 comentários:

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Este comentário foi removido pelo autor.
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Oi Daniel a sua prima é minha Professora "Sandra fagundes"
eu adorei sua poesia,retrata em algumas linhas a desigualdade que há nas grandes cidades.
eu espero um dia te conhecer pessoalmente.kkkkkkkkkk
até mais