quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Deixar ir pra ir também

Ela olhou-se no espelho
daquela vez como nunca

Enxergou-se sem ele e sorriu
no fundo da retina uma lembrança boa
o eterno fugaz que se refazia
foi em paz


Ela olhou pra fora da janela
e viu um belo rapaz
ela o viu e a janela dissolveu

Um novo amor para novos amantes
não mais os velhos amores de antes

Ele percebeu que ela havia ido
pelo olhar do rapaz e pela tez destemida dela

Uma lágrima escorreu na face
e não se pode diferenciar se era ela ou ele
quem chorava

Mas estavam felizes, seguiram...
seus sonhos e suas cicatrizes

O passado precisava dar lugar
antes que morressem sem se amar de todo

De tudo ficou uma canção que ela hoje ouve na voz
do novo amor ou escondida no escuro do quarto
com fones de ouvido se transporta pro tempo
de outrora, sem dores e nem medos
sequer saudade!

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