segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Se a distância falasse

Ahh se a distância falasse...
Ahh meu amigo eu tenho certeza o que diria
ou melhor que canção lançaria ao vento

seria um rock nacional,
não sei qual, mas não seria um lamento
talvez alguma coisa com tchururutchurutchu no final...

Se a distância falasse sei que seria pouco,
tão pouco como a própria distância,
seria uma música que todos sabem cantar, mas não como nós!

seria tão simples que talvez nem fosse canção,
se pá um copo de cerveja, um aperto de mão,
quem sabe um puchão de orelha,
um choro baixinho com direito a riso no canto da boca

Talvez por tudo isso é que a distância seja muda
pois se não deixaria de ser distância pra ser comunicação
talvez por isso eu não a sinta,
ainda que minta a boca da saudade,
eu sei que você está sempre aqui

Ali quando me perguntam de você, ali quando falam de amizade
na esquina, na viela, no buteco, na risada...
no abraço cambaleante das noitadas e nas noites mal dormidas por doença

Eu também tô ai contigo, eu sei disso amigo!
aí onde o mar beija o asfalto,
ai onde o pé da criança dá os primeiros passos
onde o céu é mais profundo,
bem do lado, logo ali onde tudo pode virar música,
onde todas as mulheres merecem poesia,
mesmo que pra dizer adeus

Em suma, eu sei que a distância não pode com a gente
não que ela não tente, mas é que ela não pode com a nossa presença
Pois quando nosso presente olha pro passado, ele só vê futuro
e a distância vira ponte por onde passamos pra trilhar novas andanças




dedicado ao meu irmão, não o que hoje vive no Canadá,
mas sim o que faz Peruíbe parecer a China!


Um comentário:

André disse...

nem o tempo, nem a distancia... que a vida nos mostre outras formas pra reeducar nossa amizade, pois essa é madeira de lei, essa é tão forte e firme quanto o lalala solto há tempos atraz mas que ate hoje o vento faz ecoar em suas andanças... Obrigado meu amigo!! não pela poesia, mas por me ensinar o quão importante é a amizade, o quanto ela educa e precisa ser reeducada... Abraços...