terça-feira, 2 de agosto de 2011

Elementos para uma Filosofia do Amor (Parte 3)

Há quem diga que casamento é rotina, mas para fazer uma análise mais aprofundada deste apontamento temos que primeiro discutir o por que muitos de nós temos certa aversão a rotina. Por exemplo, ouvimos muitos dizeres em prol de um mundo mais justo, de um mundo mais feliz, mais pacífico, porém estes sentimentos são aliados disto que tanto tememos que é a estabilidade, que por sua vez é o combustível da primordial rotina. O que evidencia o primeiro ponto da contradição existente em torno desta questão, mas temos vários outros. O trabalho exploratório a qual boa parte da populaçãose submete rotineiramente sem cessar, a conformidade com a política, são rotinas que muitos aceitam e não parecem ter coragem para dar um basta. Mas o humano tem destas questões, extamente por que as palavras não dão conta de explicar a totalidade dos seres e assim sendo vamos sempre além das frases que exprimimos. Quando se decide viver com alguém e considera-se que ela parte destas caracteristicas humanas sobrepomos o discurso de rotina. Pois entende-se que a pessoa que vive contigo e você mesmo não estão fadados a vida programada dos romances novelescos. A vida conjugal é exatamente o contrário da rotina, pois é a experimentação das sensasões e mudanças do outro e vice-versa. É o aprender a lidar com situações que você nunca aprenderia na vida de solteiro. E o que é mais interessante, ser solteiro é uma constante na vida de qualquer um, mas unir-se à alguém é uma escolha, logo um mergulho no desconhecido. Ser solteiro por vezes é muito mais rotineiro do que o contrário, Bebidas, festas amigos, escola e trabalho, e volta tudo novamente, mesmo de forma diferente. Mas a grande questão aqui é lembrar que rotina não é um problema mesmo nos casos sitados tudo depende do caminho à se seguir, um estágio que por vezes todos passamos quando buscamos um pouco mais de estabilidade na vida. O bom é poder fazer escolhas consciêntes e respeitar o momento que cada pessoa está inserida na espiral do tempo.

Um comentário:

Karol Coelho disse...

Espero que "Elementos para uma Filosofia do Amor" não acabe nunca! rs
Gosto muito!