sexta-feira, 21 de maio de 2010

Poder

Podia repetir o discurso cansado e essencial do proletáriado,
podia cantar as canções de ninar das lavadeiras do agreste,
Podia lhe lançar as pragas de morte das profundas do inferno.
Podia ter tido aquele dia o olhar mais tranquilo,
o sorrizo mais eterno...

De tanto poder, não deixei passar batido,
sorri, cantei, bradei, caluniei, observei...
E ainda que nada tivesse feito continuaria assim,
humano como tantos, humano como todos!

Podia e o fui!