domingo, 17 de outubro de 2010
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
Pra você que enxuga gelo...
terça-feira, 5 de outubro de 2010
Educa Dor
As vezes parece que estou do lado errado,
pois por muitas vezes não sou o educador,
mas sim o educado
Sem ponderações meu coração irracional exclama:
Tá tudo errado, tá tudo misturado…
A minha dor, a dor do outro, a dor do mundo
E eu à educar a dor
…aquela dor presente no excesso de trabalho,
na descrença da criança, na falta de afeto
Aquela dor sem graça que matou a esperança
Insitentemente, a minha dor a sua dor,
A nossa dor ensaia a dança
Olhares perdidos aprendendo a se encontrar
E no buraco da máquina o olho cego descansa,
E vai mirando a paisagem, revigorando a lembrança
A velha rua de terra, a barraca de pastel, a fresta do tijolo…
Eu me vendo nesse bolo, eu olhando no seu olho
E no encontro das retinas o horizonte dilatando
Novas versões da minha história na memória recriando
No contato barato, o tato faz pensar, dá luz a criação
E a camera, cadela vira-lata, passava de mão em mão
parindo imagens à despeito da condição
Olhares gritando a emergência do pensamento confuso
A realidade, o sonho, o abuso!
Tudo junto em profusão…
A teoria, a decadência, a instituição!
A sacrosanta esquisofrênia que deseduca, hierarquiza
e nos indica o eterno amém
Pergunto:
Quem educa quem?