sexta-feira, 7 de março de 2008

Desculpa

...é pelo tanto que pesa
que acabo derramando em teu papel os meus excessos
Por uma vida inteira sendo só metade do que queria
é que me destruo

De saco cheio de pequenas amarras,
de pequenos defeitos, de pequenas mentiras,
suportando, suportando, me esquecendo

Cansado do pouco diálogo, do pouco respeito, do pouco...
Quase morto, quase louco, quase e mais quase

Sem graça, sem amor, sem querer
rodeado de valores pobres,
comprimido, oprimido, incompreendido,

Por culpa minha, por culpa dos outros,
por culpa de todos, desculpa!!!

Pelo pão e pelo sonho,
por tudo que podia ser e não sou,
pela distância, pela ausência, pela demência...

O rascunho duro é o que tenho,
nem gravura, nem desenho, nem eu, nem você,
assim inacabado, dispersso, espesso,ancioso e sensível

um pecado possível repetido inumeras vezes,
tão errado quanto mudo, tão irado quanto cego,
confuso

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