Dos cacos de amor
A tentativa esquizofrênica
De montar uma imagem.
No ideário são peças. mas de fato não às são
Quebra-cabeças da utopia
Retalhos de gente. estilhaço, agonia...
Miragem?
Te admiro da margem de minha imaginação
Te miro em pintura com a ponta do meu pincel
Penso em fazer um mosaico,
Mas pêgo em meu romântico
Ato prosaico,
desisto.
Mosaico só é belo pra quem vê de longe,
De perto ainda é caco, é risco.
Artista em euforia,
na eminência da obra que não correspondia
o sangue empenhado na construção,
Eu, pela primeira vez senti medo de criar
sexta-feira, 21 de janeiro de 2011
terça-feira, 18 de janeiro de 2011
sexta-feira, 14 de janeiro de 2011
Túnel do tempo
Hoje olhei na fresta do passado
e me vi lentamente derramando-me
pro que agora sou
sangrei vaidades, senti saudades, revivi alegrias...
reamarrei a lembrança na trouxa que carrego pelo mundo
resgatei quem fui por alguns segundos
e respirei ares bravios de tempos atrás
um aroma gostoso e pesado
logo meus pulmões de agora
me forçaram a voltar pro presente
Mas naqueles instantes eu pude
reacender uma lâmpada incandescente
que há muito vivia apagada nas veredas
do coração
um gosto antigo veio revisitar meu paladar,
antigas canções soaram em meus ouvidos
enquanto eu observava aquela velha fotografia
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