Nos seus olhos,
o mundo, meu mundo
olhos nús
Quando te olho
num segundo
a escuridão vira luz
A volta do corpo
o sentimento fecundo
uma volta no mundo
meu braço em volta de ti
Da altura dos sonhos
num abismo profundo cai.
Amor...amor não doe
quando a queda é pra dentro de si
Não há palavras pra descrever
quando a língua percorre o seu corpo
nas curvas, nas vias no reto, no torto
Meu dialeto morto conhece o esperanto do teu ser
E ali espera morrer
na entrega vertiginosa
no descobrimento do que até então não conheci
Amor...amor não doe
quando a queda é pra dentro de si
Nossa reza
nossa ligação com o divino
o suor no suor, a invenção do destino
Orixás e xamãs
haverão de invejar
nosso amor sagrado
nosso vôo sem ar
do colo de deus
em seu colo cai
Amor...amor não doe
quando a queda é pra dentro de si